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De que você brinca?

Ou melhor…. você brinca? E qual era a sua brincadeira preferida quando criança?

Provavelmente, você tenha que pensar para responder as primeiras perguntas… mas a última você responde bem rapidinho. E se demora, é porque várias coisas passam pela sua cabeça.

Sabe por que? Porque brincar é muito, muito importante para a criança; brincadeira e infância é uma associação muito rápida. É realmente uma pena que quando crescemos, a gente deixa de brincar. Mas a vida adulta pode nos proporcionar a feliz oportuinidade de brincar de novo… quando temos filhos!!! Ou sobrinhos!!! Obaaaaaaaaa

Brinque com seu filho. Isso vai ser muito especial para você; e, fundamental para ele. Quando a criança brinca, desenvolve uma série de recursos: intelectuais, motores, afetivos e sociais. Uma brincadeira, desde a mais simples à mais complexa, estimula o cérebro e o corpo todo a desenvolver; já que para brincar a criança tem que:

1- Pensar: ela usa a atençào, a memória, a cognição, a associação, a assimilação. É nessa hora que o cérebro vai se desenvolvendo e ampliando suas conexões da lógica, da crítica, da razão.

2- Movimentar: desde correr, pular, levantar, sentar, agachar, dançar…ou pegar num giz, rabiscar, manusear a massinha, encaixar uma peça, dar uma “papinha”, montar uma pista de carrinhos. É nessa hora que o corpo aprende movimentos novos e junto com o cérebro, desenvolvem a coordenação motora grossa e fina (ampla e sutil).

3- Sentir: se é bom, se é “certo” (adequado), se é aceito, se é legal, se é seguro, se é divertido, se é valorizado. É nessa hora que aquele pequeno ser sente do que mais gosta, do que se identifica, do que tem talento, do que os outros valorizam… e vai criando a sua identidade.

4- Compartilhar: esperar sua vez, emprestar, trocar, ajudar, ganhar ou perder ou empatar. É nessa hora que a criança aprende que existem regras, que existe o outro, o respeito, a tolerância… e vai desenvolvendo cidadania.

5- Imaginar: criar, fantasiar, inventar, imitar, “viajar”… É nessa hora que nossas crianças trazem seu mundo particular de fantasias, de desejos, de medos e ansiedades, suas preferências, seus sonhos, seus afetos, suas relações.

Ao “fazer de conta”, seu filho vai se apropriando de quem ele é, em contato com seu ego, sua essência. E começa a desenvolver uma identidade, ou, uma personalidade. Percebe-se como agente do desejo e causador (ação e reação), multiplicador. E, nesse momento se depara com o mundo real, o outro, e seus limites, as regras sociais. Reconhecendo o outro como participante do seu mundo e importante, e aprendendo a se relacionar – o que pede um conhecimento de si mesmo e o respeito ao outro.

Olha quanta coisa numa simples brincadeira!!!! E melhor, divertida!!!

Por exemplo, sente com seu filho e alguns blocos de montar. Ele vai usar, entre outras coisas,  a atenção e a associação; vai precisar de movimentos precisos nas mãos e dedos, para encaixar; vai aprender cores e formas; vai treinar a persistência e a tolerância (nem sempre as peças se encaixam); vai praticar coma tentativa e erro; vai sentir a decepção e a conquista; vai permitir outras idéias (as suas); vai compartilhar as peças e as idéias; vai criar, inventar, imaginar…. e aquilo que para você não se parece com nada, para ele é um caminhão!!! E vai ter som, vai ter história, vai encontrar um amigo carrinho…. e por aí vai a imaginação… e você, e ele mesmo, vão descobrir do que ele gosta e prefere e sonha.

E quanto tempo durou tudo isso??? 3 minutos!!! Será que essa relação merece?!….

Janiana

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