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A ESPERA DO IRMÃOZINHO (A)

A ESPERA DO IRMÃOZINHO (A)

Oi pessoal! Hoje vou escrever sobre um assunto muito comum, inclusive gerador de muitas dúvidas e perguntas…

Meu filho ou filha vai ganhar um irmãozinho ou irmãzinha… e agora?

Qual melhor momento de contar essa novidade? E como contar?

Devo envolvê-lo (lá) nos preparativos do quarto… enxoval… chá de bebê, etc…?

Posso leva-lo (lá) para assistir o ultrassom?

Como eu sei se está rolando um ciúme?

E se estiver… o que eu faço?????

Vamos lá…rs…com calma… primeiro, PARABÉNS!!! Parabéns a família toda pela chegada de mais uma criaturinha nesse mundo maluco… que venha com muita saúde e alegre ainda mais o seu lar!

Agora, muita coisa vai mudar, e uma delas é que não haverá mais filho único. O “reinado” dele (a) acabou. E isso geralmente é muito bom para o desenvolvimento da criança, fora que terá um parceiro (a) de aventuras!! Mas cada criança é única e tem reações particulares, e que diferem em cada faixa etária. Conhecendo a sua criança, você já vai imaginar como ela irá reagir, mas nunca poderá prever todo seu comportamento, muito menos suas emoções. Por isso, o respeito acima de tudo! Respeite se não quiser falar do assunto, ou se quiser saber de tudo; respeite se ficar bravo, ou se ficar eufórico; respeite se ficar manhoso e quiser mais dengo, ou se preferir se afastar e ficar no seu canto. Respeite sempre se colocando à disposição para conversar, mostrando que você compreende o que ele (a) está sentindo.

E quando contar? Não vai esperar a barriga crescer e a criança questionar “Que barriga é essa mãe?!” Espere passar os três primeiros meses, que é recomendável para contar para todo mundo. E comece devagarzinho, perguntando ou comentando dos irmãos dos amigos da escola, dos primos… por ex.: “você viu que legal como seus primos se divertem juntos, acho legal ter um irmão, é um amigo pra sempre… o que vc acha?!” ou… “Esse escritório do papai é uma bagunça… vai ser legal quando ele se transformar em quarto de bebê! O que você acha termos um bebê na nossa casa?” E vamos começando a plantar a ideia na cabecinha dele (a) e vendo as reações. Depois, vai depender da idade o ‘como contar’, se seu filho (a) for pequeno – até uns 6 anos – é legal criar uma situação lúdica: um teatrinho, um livro apropriado, uma brincadeira de faz de conta, um cenário com os brinquedos dele (a) em que vc possa desenvolver o tema. Se for mais velho, a velha e boa conversa…”Sabe filho (a), temos uma novidade muito legal pra te contar”. E aí…. respeite a reação. Mas é legal colocar um papel de importância para o irmão mais velho e dar exemplos se vc é o mais velho ou da irma mais velha da mamãe… enfim… contar historias BOAS da relação de importância de ser o mais velho (a).

O quanto você envolverá a criança no processo todo vai depender desse respeito ao seu modo particular de lidar com o assunto. É legal sempre chamar, tentar trazer, provocar uma participação, de forma natural é claro, nada forçado. E lidar com os limites – que a criança mais resistente vai impor ou os que você terá que impor para uma criança mais eufórica.

Sobre o ultrassom… se a criança for muito pequena, ela não vai conseguir ver o bebe, vai ver um borrão alaranjado…rs… e isso pode não ser muito agradável. Fora que ela não vai entender nada, como é que dá pra ver nosso bebe lá dentro da barriga?! Isso pode trazer uma confusão. Sempre é bom perguntar se a criança quer ir ver, e explicar mais ou menos como funciona – numa linguagem apropriada para a idade dela. A regra é sempre a mesma, a nossa parte adulta é oferecer a criança a oportunidade de viver tal momento, e a escolha é dela se quer aproveitar ou não. E se para nós pais, tal momento é muito importante, vamos fazer melhor propaganda, tentar tornar aquilo irrecusável. E torcer para dar certo!

Bom, mas e o ciúmes??? Acreditem, pode até rolar ciúmes logo na gestação, mas se preparem mesmo para quando o bebê chegar… e ainda mais quando crescer um pouquinho e fazer gracinha (quem já tem mais de um filho, sabe o que estou falando). A resistência da criança, o fato de não falar no assunto e não querer participar de nada é uma reação a percepção de que está perdendo e vai perder ainda mais espaço. E isso é confundido com ciúmes. A gravidez já deixa a mãe mais ausente, e o pai também. E a criança reage a isso. Percebendo um certo sofrimento no seu filho (a) nesse processo de espera, de mudança, de expectativa (que ele também esta vivendo, não é um privilégio só seu!), tente conversar, brincar com o assunto, trazer livros com o tema, trazer exemplos familiares colocando sempre o peso no quanto se ganha quando se tem um irmão e minimizando o que se perde… enfatizar ainda mais a importância do papel dele(a) – sem exagerar na responsabilidade de…”você será o exemplo de vida do seu irmãozinho!” . E na medida do possível, trazê-lo (lá) naturalmente a participar das escolhas do nome, do enxoval, do tema do quarto, etc.

Enfim, é um momento muito especial para toda a família, e emocionalmente muito intenso também para todos. Mas com calma, serenidade, tolerância e amor tudo vai se encaixando.

Para auxiliar os irmãozinhos, recomendo os livros:

“Um bebê vai chegar” e “Vou ganhar um irmãozinho”

Por Janaina Nakahara

 

 

 

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