Educação

INFANTOLATRIA … O que quer dizer isto?

Infantolatria é quando a criança se torna “dona do pedaço”, dela, e do outro, e infelizmente isto tem acontecido com muita frequência pelo sentimento de culpa que os pais carregam por não terem o tempo, que entendem ser necessário para estar com seus filhos. Para compensar esta ausência, os pais que no pouco tempo e momentos que estão com os filhos, dão prioridade aos desejos desta criança, custe o que custar.  Claro que acredito ser importante esta atenção especial no momento que estão juntos, mas precisamos nos preocupar onde a prioridade vai terminar.

 

Não estou me referindo quando a criança ainda é um bebe, pois claro um bebe é o centro das atenções, pois todos se mobilizam para o recém-chegado e todas as adaptações que devem ser feitas no novo formato da família, afinal chegou um ser que depende totalmente de nossos cuidados e atenção. Mas este bebê tem seu prazo de validade curto, e logo mostrará a que veio. E ele veio para ficar.

 

Então o que geralmente acontece? Todas as atividades da família se voltam em função dos desejos das crianças. Mais uma vez, não estou me referindo aos momentos de família, onde todos estão desfrutando de harmonia e alegria, com as músicas preferidas deles no carro para poderem cantar juntos, ou a preocupação de um restaurante onde existe espaço kids para o bem estar e conforto de ambos, e até um cardápio só para eles.

 

Refiro-me a um aspecto em que os filhos se tornaram patrões dos pais.  Dizem que em tempos atrás, eram os pais os patrões dos filhos. Acredito que nenhuma destas posições é ideal, afinal, como tudo, temos que ter um equilíbrio nas relações, onde todos fiquem satisfeitos e confortáveis e sintam-se respeitados.

 

A Infantolatria acontece quando os pais perdem o controle da dinâmica da família, e “mimam” demais esta criança fazendo todas as suas vontades, mesmo que elas acabem gerando um descontrole da harmonia no lar. Precisamos ficar alertas sobre o que estas ações podem gerar nesta criança, pois ela sairá desse “quadrado” e a vida não fará tudo o que ela quer. E ai? Será que está criança está sendo preparada para enfrentar os “nãos” que a vida lhe dará?

 

Preparar as crianças para uma socialização plena e duradoura é função dos pais. Esta socialização terá sequência na escola, a primeira interação fora da família, onde a criança terá que respeitar regras e dividir suas ações com os primeiros coleguinhas de sua vida. E se essa criança não aceitar as regras definidas, será rejeitada e com certeza não entenderá porque não pode fazer tudo o que quer como faz dentro de sua casa, e terá que mudar suas ações de forma mais dolorida, pois até então ela entendia que “amar” era fazer tudo o quer, e agora para ter amigos terá que mudar.  E se não conseguir?  Essa criança terá grandes dificuldades em se adaptar ao novo formato de interação e com certeza será rejeitada e não saberá lidar com essa rejeição.

 

Podemos sim ser dedicados, amorosos e ao mesmo tempo colocar regras e limites em todas as atitudes das crianças, fazendo-as perceber que algumas “coisas” podem, mas “outras” não. E as que podem são porque são saudáveis e importantes e as que não podem são porque existem regras de bem estar familiar e social. A criança deve entender e aceitar que todos têm seu espaço dentro da família, da escola e da sociedade em geral.

 

E é ai que o RESPEITO em todas as situações deve ser incentivado e incorporado na vida da criança, para que ela leve para sempre que onde ela estiver deve  respeitar para ser respeitada, sempre.  

 

 

 

 

Val Pasini

Escola Para Pais

 

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