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À princípio, uma pessoa.

Adorei essa ideia de Escola para Pais. Afinal, quantas vezes já nos perguntamos: por que os filhos não vêm com manual?

Bem, acredito que porque os filhos são seres humanos, únicos, diferentes e com infinitas possibilidades a desenvolver. Não há manual para o que pode vir a ser.

Muitas vezes esquecemos que o bebê, a criança, é a princípio, uma pessoa. Ainda que só tenha 0,73cm e não fale uma só palavra. Esse ser tem necessidades e desejos, assim como medos e inseguranças.

Então, o bebê está lá, sossegado em seu carrinho… mas já é tão importante que vai receber visitas! E, claro, os pais querem que ele esteja acordado – para sorrir e mostrar que veio com os olhos da mãe… o bebê queria e precisava dormir, mas eis que é arrancado do seu quentinho e começa a passar de colo em colo, de foto em foto… desperta, fica agitado e quando as visitas sentam para um cafezinho os pais o colocam no carrinho para dormir (porque agora seria um momento ótimo – para os pais). E o bebê chora…. a mamãe balança, o papai canta baixinho… e nada de dormir.

Agora vejamos: você gostaria que alguém (que você ama muito) arrancasse sua coberta e levantasse você do sofá quando estivesse quase cochilando bem gostoso? E ai, não podendo mais dormir sossegado, você tivesse que ir de um canto para outro, conversa alta, fotos e selfies…  para depois te levarem de volta para o sofá e falassem: ok, pode dormir agora! Ah…ta! Depois de tanta falação e flash na cara… já perdeu seu programinha do cochilo, já está super agitado… como dormir??!!

Conclusão; se você quer, pode e merece respeito às suas necessidades e desejos, porque o bebê não?

Sim, o bebê sim!! O bebê é uma pessoa!! Pais, seus filhos são pessoas e merecem respeito. E,se eles se sentem respeitados desde o princípio, se forem compreendidos em sua rotina e seu espaço, em suas necessidades e desejos, reagirão com serenidade, desenvolverão auto estima e valorizarão quem os valorizou.

O princípio desde o princípio.

Por Janaina Nakahara

 

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1 COMENTÁRIO

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    Marisa Mathey Diz:

    abril 20, 2024 at 06:18 am

    Jana,

    Já me sinto à vontade pelo simples fato de lhe chamar por : “Jana”. Esta liberdade que você pede o favor para termos, já mostra a personalidade que você possui, com certeza é uma pessoa lúcida e por isto, simples, autêntica e muito humana.
    Quando a minha filhinha era bebê, pensava muito no que você escreveu….era um ser humano, com sentimentos, necessidades e tinha direito de ser respeitada por isto, então coloquei esta ideologia acima do fato de meus olhos enxergarem um ser tão pequeno, que não falava e dependia 100% de mim. Desde então passei a pedir licença para ela todas as vezes que ia trocar sua fralda ou sua roupa, como pura expressão do respeito que tinha por aquele “ser humano”, tão vulnerável e que confiava tanto em mim.
    Quero ler mais artigos seus!

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