“Por trás de todo comportamento existe uma necessidade atendida, ou não”

Marshall Rosenberg, autor de muitos livros sobre Comunicação não Violenta, nos traz essa reflexão importante que vale tanto para as nossas crianças quanto para nós como adultos.

Quantas vezes percebemos quais são as nossas necessidades? E como as comunicamos?

As crianças, na maioria das vezes, quando alguma necessidade não está sendo atendida, nos comunica fazendo a conhecida “birra”, que aprendi e prefiro enxergá-la como “necessidade não atendida”.

Então ela chora, grita, tem comportamentos desafiadores, mas o que na verdade ela está querendo nos comunicar? E nós como adultos, se pararmos para pensar, fazemos a mesma coisa, não é mesmo?

E quando as necessidades são atendidas abraçamos, beijamos, sorrimos, dançamos. Ela pode ser verbal ou não verbal, mas através dos comportamentos conseguimos identificar o que desejamos comunicar.

Vamos para um exemplo? Lucas chegou da escola e foi tomar seu banho antes do jantar. Ao tirar sua roupa a deixou jogada no chão do banheiro e a mãe, conhecedora da CNV (Comunicação Não Violenta), foi até o banheiro após o banho da criança e iniciou o diá-logo: – Lucas, percebi que você tirou a sua roupa e a deixou no chão do banheiro (Observação), e quando isso não acontece fico extremamente irritada (Sentimento) porque preciso que o banheiro esteja organizado, limpo (Necessidade). É tão bom quando estamos em um ambiente arrumado, não é mesmo? Você pode, por favor, colocar a sua roupa no cesto de roupas sujas ou levá-la a lavanderia? (Pedido)

Percebam que a necessidade está sendo comunicada, mas de uma forma menos autoritária, rígida. A OBSERVAÇÃO direciona para aquele incômodo que está acontecendo, sem julgamentos, críticas, ataques ou rotulações, falando sobre o SENTIMENTO que aquela situação está causando que pode ser vários de Raiva, Medo, Tristeza, Frustração, comunicando a NECESSIDADE da organização e também possibilitando falar sobre ela e fazer de fato o PEDIDO que se é desejado quanto a organização não só do banheiro, mas provocando também o desenvolvimento de novas atitudes, autonomia e responsabilidades. E isso faz toda diferença.

É fácil? Não.

Vai ser de um dia para o outro? Não.

Vai ser preciso repetir? Sim.

Muitas vezes? Sim.

Vai causar exaustão? Sim.

Mas vai valer a pena!!!

Beijos,

Por Vanessa Mondin