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TEMPO…

“Já faz tempo

Eu vi você na rua

Cabelo ao vento

Gente jovem reunida

Na parede da memória

Essa lembrança

É o quadro que dói mais”.

 

Retiremos essa estrofe do seu tempo e lugar, pois, acredito que suas diversas possibilidades de interpretações podem nos dar um norte para iniciarmos uma prosa.

Então, projetemos essa frase como um pensamento de um pai ou de uma mãe, lá no futuro rememorando o passado, resgatando memórias de sua convivência com seus filhos ou filhas.

Muitas vezes os quadros mentais se desdobram, initerruptamente, com cenas presenciadas e vividas durante a infância, período que tínhamos nossos filhos sob nossos olhares, braços e mãos.

Época com grande investimento de nosso tempo em atenção, vislumbre e ajuda aos pequenos e as pequenas, dádivas colocadas aos nossos cuidados, orientações e educação. De certo, muitos sorrisos, olhos marejados, longos suspiros e uma boa dose de uma aprazível saudade.

Voltemos a estrofe da música de Belchior, e vamos projetar, ficticiamente, possíveis quadros da adolescência de nossos filhos ou filhas a partir das frases:

“Já faz tempo

Eu vi você na rua”…

Pensemos, a frase nos sugere um quadro onde o olhar do pai ou da mãe estão próximos do filho ou da filha?

“Cabelo ao vento

Gente jovem reunida”.

Essa pode nos sugerir um jovem ou uma jovem descontraída junto a um grupo amigos, uma fase de formação e afirmação da identidade muito importante na adolescência. Continuemos.

Na parede da memória

Essa lembrança

É o quadro que dói mais”.

E, o que se pode concluir pensando essa frase proferida por um pai ou uma mãe?

Bem, decerto, nada responderei, penso aqui oferecer um exercício para que pais e mães possam desenvolver suas possíveis de respostas.

Lembrando apenas que, a fase da adolescência e do início da juventude, seus filhos e filhas necessitam de vocês, tanto ou mais que em suas fases iniciais de primeira e segunda infâncias.

A adolescência é uma época de dúvidas, de inseguranças, de descobrimentos, de afirmações, mas também, de inúmeros momentos marcantes em suas vidas, marcas que dê certo os acompanharão.

E façamos que essas marcas sejam acompanhadas de companheirismo, de cumplicidade, de amizade, de emoções, de brincadeiras.

E por que não, sejam marcas acompanhadas e lembradas de sua atenção, de sua orientação, de sua paciência, de seu cuidado e de muito, muito amor sincero.

Estejam próximos, ao lado, solícitos, afinal:  “O tempo não para, não para não, não para”…

 

“Como nosso pais”, de Belchior e “O tempo não para”, de Cazuza.

Por Lourenço Pereira

 

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