DiversãoEducação

Convivência saudável

Sempre leio sobre saúde e bem-estar. Estes são itens que se relacionam com o corpo e a mente.  Nestas leituras, ou notícias, o que mais se tem de comum são listas de alimentos que fazem bem ao corpo; exercícios físicos que melhoram o corpo e, por consequência, a mente; também há as atividades de meditações que aliviam a mente e produzem efeitos positivos ao corpo.

Nota-se que todos estes caminhos trazem, aos indivíduos praticantes, os benefícios esperados e é comum que se faça indicações aos amigos, colegas e pessoas da família. Porém vejo pessoas encarando tais atividades como uma forma de compensação às tensões vividas diariamente. Nestes casos não consigo estabelecer boa lucratividade por alguns momentos de destress. Há clara desproporção entre o gerador da tensão e o tempo em que se utiliza para a alegria e o prazer. Nestes casos a busca por vezes obsessiva pela atividade compensatória pode se tornar, ela própria, uma fonte de strees que, por vezes, são reveladas por lesões, discussões, ou algum tipo de excesso.

É possível conhecer pessoas que não praticam exercícios físicos, não meditam, não controlam a alimentação e mesmo assim têm vida saudável no que diz respeito aos exames bioquímicos e clínicos. É comum também pessoas como estas terem longevidade significativa.

A boa conexão entre corpo e mente se dá com a vida cotidiana, com o prazer que se tem com o trabalho, com a interação saudável que se tem com a família ou com quem se convive. Há também as relações com o lazer e, neste aspecto, a vida cultural como as idas ao cinema, teatro e mesmo uma boa leitura são fatores que equilibram o cotidiano do indivíduo.

Isso deve ser ensinado aos filhos, porém não de forma impositiva. Assim seria também estressante. Aproveitar as férias para conhecer e visitar ambientes novos e fazer destes espaços boas possibilidades educativas às crianças para, assim, adquirirem saberes diferentes. Envolvê-los em atividades vivenciais, colaborativas e ensinantes, sem a cobrança dos resultados, trarão novos diálogos traduzindo-se em novos conhecimentos além da aprendizagem no sentido do perceber e aproveitar os bons momentos.

Ah… esse movimento entre pais e filhos pode até ser “aprendido” nas férias, mas seu reflexos devem modificar o estilo de vida de tal forma a permanecer durante todo o ano, fundamentalmente nos finais de semana. Aproveite, leve seu filho a assistir ou participar de algo que seja novo inclusive para você, e perceba a qualidade da conversa que nascerá em benefício do relacionamento. É provável que ele(a), seu filho(a), tenha melhor referência sobre a condução da sua própria vida com escolhas mais equilibradas no relacionamento consigo mesmo(a).

Marcio Macarini – Maca

NÃO HÁ COMENTÁRIOS

DEIXE UM COMENTÁRIO